Primeiras impressões

Hola, que tal? não é uma expressão muito usada no Chile.
Portanto, caiu por terra a única coisa que eu estava segura para falar e escrever em espanhol e voltei à estaca zero. Mas, uma vez aqui, preciso me dar um jeito de me comunicar. Entender está fácil, até pq as pessoas se esforçam para isso. Falar já é mais difícil e acabo recorrendo a estranhas referências... Acho que meu cérebro pensa: aqui não se usa português, então busque palavras diferentes. Não raro, eu digo: parla, capisco, mangiare e afins. Então aqui vai a boa notícia para a família: meu italiano melhorou muito no Chile! =)

Já sobre o ambiente: Santiago é uma cidade bem gracinha. É uma capital desenvolvida, mas não caótica. Aqui o trânsito flui a qualquer hora do dia, os táxis são baratos e quase não há motoboys.
Achei que eles economizam nas faixas de pedestres, mas os motoristas costumam ser bastante cordiais - pelo menos com as meninas.

Logo na sexta-feira conheci alguns brasileiros que estão hospedados na mesma residência que eu e fomos juntos à escola. Aprendi o caminho, fiz minha prova de nível e, enquanto eles estavam na aula, sai para um passeio ali pelos arredores. Encontrei um museu muito bonito e com um espaço de convivência parecido com o do Centro Cultural da Vergueiro, em São Paulo. Duas exposições estão rolando por lá: "Inspiración - Sara Facio en Chile" e "Tesoros Latinoamericanos".

A primeira trazia várias fotos de poetas e artistas e, apesar de pequena, tinha seu charme. Já a segunda era a essência da arte latino-americana: tapetes coloridos e potinhos sem nenhuma graça.

Depois desse passeio, lembrei que eu devia ter dado mais valor ao check-list que a agência de viagens me deu. Lá estava escrito que eu devia trazer uma sombrinha portátil, mas eu achei besteira e acabei tomando um bom banho de chuva logo no meu primeiro dia em Santiago. Quando encontrei um para comprar, já era hora de voltar para a escola e encontrar o pessoal para almoçar (enxarcada e com o cabelo desgranhento) e fazer alguma coisa durante a tarde.

Como a maioria era de meninas, acabamos indo ao shopping. Ficamos horas dentro de uma loja de departamentos chamada Falabella, que é como uma C&A, mas com uma moda bem mais questionável. Apesar disso, todas acabaram comprando coisinhas.

O dia foi longo e cansativo, mas ainda estava por vir uma noite com direito a Pisco Sour e músicas brasileiras na balada. "Onda, onda // Olha a onda!" é o auge por aqui. Fiquei passada.... essa música já era velha quando o Kléber BamBam ganhou o BBB1 com a boneca Maria Eugênia, mas ainda leva as adolescentes à loucura para entrar na coreografia. Fora isso, um pouco de reggaeton e de músicas padrão 98,5 FM, roupas fedendo cigarro e uma baita saudade da lei anti-fumo de SP.

Foi o suficiente para nos cansar.... Sábado só sobrou energia para fazer supermercado e visitar uma tradicional feira de livros na estação Belas Artes do metrô. Por 4.000 pesos (cerca de R$15,00), escolhi "Evocación", de Aleida March, e ganhei um livrinho de poesias de brinde. Ambos estão decorando minha mesinha do computador até eu criar coragem para iniciar minha primeira leitura em espanhol. De lá, só uma parada para um café e depois direto para o hostel, para planejarmos a ida a Valparaíso e Viña del Mar hoje.
Este passeio foi uma delícia, mas será narrado com calma num próximo post.

Beijos



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