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Mostrando postagens de setembro, 2011

O estereótipo do brasileiro

Eu estou longe de ser a brasileira paga-pau de estrangeiros, do tipo que viaja pra outro país e começa a dizer que “aqui tudo funciona, o povo é mais educado, a vida é mais fácil e blá blá blá”, mas, definitivamente, estar nos EUA e convivendo com gente de tantos lugares do mundo, têm me feito ver o meu país de maneira diferente. O meu curso - Global Business Management - fala bastante sobre os diferentes perfis culturais e a forma como eles influenciam as negociações e, muitas vezes, tendo a achar que algumas das nossas características são até boas para nos fazer articular acordos internacionais. A gente vive ouvindo dos governantes que estamos sendo reconhecidos e respeitados internacionalmente, mas a primeira coisa que me impressionou foi ver o quanto vários dos europeus que conheci recentemente acham que o Brasil é o país da alegria, onde o povo está sempre ouvindo música e vestindo pouca roupa. Como se a gente realmente vivesse num eterno carnaval. E eles afirmam "And tha

Mulherzinha em San Francisco

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Pelo intervalo do último post para esse, os meus seis leitores já perceberam que o tempo anda escasso ultimamente. Só com aula e academia, fico fora das 9h30 às 19h30 todos os dias e, quando abre uma folguinha de tempo, a opção número 1 de passeio é ir pra San Francisco. Hoje, domingo, só não estou fazendo isso porque preciso estudar um pouco de contabilidade para a prova da semana. E, só estou escrevendo no blog porque contabilidade é chato demais e eu não consigo me concentrar no livro, que é capaz de transformar 3 capítulos de matéria em um martírio sem fim. Enfim.... uma vez que o corpo está em casa e a cabeça dividida entre contabilidade e San Francisco, resolvi apelar para uma terceira via e escrever um pouco. Berkeley faz parte da Bay Area e fica bem pertinho de San Francisco. De BART (um tipo de metrô) a viagem custa cerca de US$3,50 e demora uma meia hora, o que é bastante interessante, ainda mais pq há uma estação a duas quadras do lugar onde eu estou hospedada. Eu estou

Brand new life - UC Berkeley

A viagem, a vida na Califórnia, uma extensão universitária na UC Berkeley e a oportunidade de conhecer gente do mundo inteiro pareciam um sonho para mim. Um sonho que durou uns oito meses e que me fez suar frio antes que eu pudesse acordar e pedir pra que alguém me beliscasse para eu ter certeza de que ele tinha se tornado realidade. E a realidade, como dizem por aí, dói. Dói porque a gente tem que começar relações do zero, porque a gente sente falta e morre de saudade dos amigos e familiares, porque a gente tem que dividir cozinha e banheiro com gente estranha e que come frango no café da manhã e sofre absurdamente de queda de cabelo, porque depois do primeiro carro a gente não sabe mais como usar o transporte público e por mil outras razões com as quais vamos tropeçando pelo caminho. Mas eu não posso reclamar da dor e da delícia de estar aqui.... A começar pela viagem. O Chile é um bom lugar para se comprar roupas e eletrônicos, mas nada que chegue perto dos Estados Unidos.

Se eu fosse mexer no Wikipédia……

…..Santiago seria a cidade: - Com bom transporte público e trânsito relativamente tranquilo para uma metrópole - Onde os motoristas sobem na guia da calçada como se fosse zebra (inclusive quem dirige ônibus) - Em que paga-se muito para comer mal e pouco para comer bem. Um almoço num botequinho em que se come frango assado com batata frita encharcada custa uns R$15, enquanto um jantar num dos restaurantes mais badalados da cidade e que inclua couvert, pisco sour, música ao vivo, prato principal e sobremesa custa menos de R$60. - Que vende empanadas em quase todas as esquinas, mas onde é quase impossível comer uma boa empanada - Onde, em contrapartida, o suco de framboesa e chirimóia são deliciosos - Com uma população bastante politizada e engajada em fazer valer seus direitos e vontades. As feridas deixadas pela ditadura de Pinochet ainda estão abertas e o consenso é: nunca mais. Muito se faz para preservar a memória do que se passou para que as gerações que estão por vir saibam o que