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Mostrando postagens de agosto, 2011

"Cavalgando" nos Andes

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No meu último post sobre Cajon del Maipo, eu comentei que se tratava de um lugar tão bonito que não precisamos sequer fazer alguma coisa para aproveitá-lo. No entanto, após ouvir histórias de pessoas que planejaram a ida até os parques da região, cheguei à conclusão de que eu devia voltar pra lá de forma mais organizada, pois eu poderia curtir ainda mais o passeio. Me disseram que táxis coletivos saiam de uma estação de metrô e deixavam os passageiros na porta de um dos melhores parques da região: Cascada de las Animas. Nesse local, eu poderia escolher entre cavalgar, caminhar, fazer tirolesa, rafting ou um passeio por vinícolas. Como eu estava cansada por ter esquiado no dia anterior e com pouca disposição pra fazer trekking até o local onde a paisagem fosse bonita (5hs de caminhada íngreme), resolvi deixar o esforço com o cavalo e escolhi um passeio de pouco mais de 2 horas até um mirador. Óbvio que eu não fui com as minhas botas de montaria para não destruí-las e, talvez, esse ten

A la nieve

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Vir ao Chile nessa época do ano é um convite para visitar uma estação de esqui. Mesmo quem não é a fim de se arriscar descendo as montanhas em cima de um ski ou snowboard, tem vontade de ir conhecer o local para desfrutar da paisagem. As montanhas ficam cobertas de neve, as revistas de fofoca trazem celebridades para serem fotografadas aqui e as empresas inventam descontos, estandes e espaços vips para se promoverem. Várias pessoas, inclusive, estão no Chile só para isso. Elas ficam hospedadas nos hotéis dentro das estações e passam dias praticando, praticando e praticando. Até acho "phyno", mas eu só faria isso se pudesse aproveitar minhas outras 3 semanas de férias conhecendo vários lugares diferentes. Fora que esse é o tipo de férias das quais vc volta com um monte de fotos iguais! Afinal, não mudam nem a paisagem e nem as roupas. No meu caso, fiz questão de trocar o cachecol pra poder distinguir o dia, pois o casaco e a calça eram sempre os mesmos (fiz um bom negócio e

O país de chineses e de Pablo Neruda

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Eu já estava esperando que os chineses fossem dominar o mundo, mas não imaginava "sentir isso na pele" tão cedo. Digo isso porque tenho a impressão que eles estão tentando recolonizar o Chile. Chegaram os estudantes que vão passar um semestre acadêmico aqui e, quase todos, são chineses. Aí, em colônia, eles colocaram as asinhas de fora. Na festinha de boas vindas da última sexta, as meninas cercaram a churrasqueira e, com toda a destreza de quem está acostumada a cortar tofu e bambu, acabaram com a alegria alheia. A carne ficou dura pra caramba e, mesmo assim, foi devorada por elas antes que fosse servida ao resto do povo. No fim, gastei 2 mil pesos pra comer um pedacinho de choripan e depois saí em busca de uma empanada pra matar a minha fome antes da balada. A parte boa é que acabei conversando mais com outros dois brasileiros que estão aqui no El Punto e que também vieram ao Chile para estudar espanhol (só que estão em outra escola). A verdade é que não tem jeito.... a

Manifestações estudantis

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Ao sair para ir para a escola essa manhã, notei que havia muitos carabineiros nas ruas de Santiago. No entanto, ao longo do meu caminho, sempre passo pelos principais pontos de reunião de estudantes para início de manifestações contra o sistema de educação vigente e não vi nenhum outro sinal de que um protesto estava para começar. Pura sorte! Pouco depois de chegar na escola, começamos a ouvir barulho vindo das ruas e, quando olhamos pela janela, vimos policiais, enormes viaturas e pessoas fugindo do protesto.  Na verdade, os transeuntes fugiam é da repressão ao protesto. Aqui no Chile é necessário pedir permissão ao Governo para fazer uma manifestação, para que o Estado possa organizar um esquema de segurança compatível. No entanto, este pedido é negado quando os estudantes e professores pedem autorização para marchar contra o sistema de educação (imposto na época do Pinochet) e contra a atitude do próprio Governo, que não atende às suas reivindicações com a reforma que está sendo

Fim de festa

Foram os anéis e ficaram os dedos. Essa é a sensação que tenho depois do último final de semana, quando os meus amigos voltaram para a vida real. Todos brasileiros, mas um de cada parte do país e com jeitinhos muito peculiares. Com certeza, não teríamos nos conhecido no Brasil e, caso nos cruzássemos, teríamos má impressão uns dos outros. Mas Santiago reuniu patricinhas, hippies, nerds, emos, japas e eu (que sou a normal da turma... só tenho cara de brava - afinal de contas, o Blog é meu e eu faço a auto-análise que eu quiser). Estávamos sempre juntos, mas as férias deles se acabaram - e o primeiro sonho dessa minha nova vida também. Ainda restaram pessoas legais por aqui, mas o clima já não é mais o mesmo. A escola agora tem quase o mesmo tanto de gringos e brasileiros e, finalmente, falamos espanhol nas áreas comuns. A quantidade de bolachinhas servidas no intervalo foi reduzida pela metade e ainda sobra. Não há mais fila para pegar café ou ir ao banheiro e nem tem quórum para os p