Palestra "Observando estrelas" a 7.000m de altitude - Eu não enxerguei quase
nenhuma constelação e quase morri de dor de ouvido, mas adorei!
Após o fim da "palestra" sobre estrelas, nós pegamos o carro e partimos rumo ao hotel. Estávamos cansados, com fome e com um bolinho pra cantar parabéns para o nosso amigo coreano. Então colocamos o endereço no GPS e começamos a seguir as instruções. Estranhamente, ele nos mandou entrar numa estradinha de terra, onde não tinha luz, mas que era atalho para chegarmos à rodovia. Depois de andarmos por alguns quilômetros, eu fiz o seguinte comentário no carro: "Nossa turma é tão legal! Estamos num lugar desses, no meio do nada, e todo mundo está encarando isso numa boa. Se fosse outra galera, estariam surtando".
A pergunta é: pra quê eu fui dizer isso? No minuto seguinte, o pneu do carro do coreano furou. Quando olhamos o step, nos demos conta que, nos EUA, o step é realmente feito para pouco tempo de uso: parecia um pneu de bicicleta!! Ele nem sabia como usar o macaco, porque disse que nunca tinha feito isso na vida, e os demais assumiram a missão.
Quando o pneu estava colocado, mas com os parafusos ainda por serem apertados, começamos a ouvir barulho de ursos quebrando galhos na selva, que estava logo ali do nosso lado e sem nenhuma proteção. Aí sim todo mundo surtou e correu pra entrar nos carros! O pior é que o relógio não estava a nosso favor, pois nossa reserva só valia até meia-noite e, se perdessemos esses quartos, sabíamos que o valor seria debitado de qualquer forma e que seria difícil encontrar outro lugar pra 13 pessoas dormirem. Mas os celulares estavam todos sem sinal e não tínhamos como ligar pra avisar que, mesmo a duras penas, estávamos a caminho. Quando deu coragem de abrir os vidros e portas, os meninos terminaram de arrumar o pneu e resolvemos dar um jeito de virar o carro naquela estrada estreita e voltar pra civilização. Lembrávamos de ter passado por um hotel antes de pegar o atalho e combinamos de ir até lá pra pedir informação sobre como chegar ao nosso hotel por um caminho asfaltado.
Ao chegar ao hotel, conversamos com a recepcionista e contamos nossa história. Ela ficou com tanta dó que passou todas as direções muito certinho, imprimiu um mapa do Google, explicou onde poderíamos consertar o pneu no dia seguinte (afinal, não teríamos como seguir tantos quilômetros com o step). Enquanto isso, todos os treze membros da turma usaram o banheiro, o telefone do hotel e tomaram da água que estava disponível no saguão para os hóspedes até que ela terminasse. Como já tinha passado de meia-noite, era hora de cantar parabéns para o coreano e matar um pouco da fome da galera com um pedaço de bolo, então resolvemos fazer isso no jardim de entrada e só terminamos a bagunça quando nos demos conta que poderíamos estar incomodando os hóspedes dos quartos.
Finalmente, pegamos a estrada asfaltada e no caminho certo e fomos chegar ao nosso hotel por volta de 1h30. Até esse momento eu estava achando graça de tudo, pensando que a história renderia um post interessante e que é esse tipo de aventura dá tempero pra vida. Mas, chegando no quarto, descobri que o tempero daquela noite era o azedo: a europeia que dividiu a cama comigo não quis tomar banho antes de dormir! Aí sim foi o meu momento de surtar e parar de achar graça. Rrrrrr - Malditas diferenças culturais!
Enfim.... depois de tudo isso, acordamos no domingo e fomos atrás de comer (finalmente!!), resolver o problema do pneu e só depois iniciar o passeio. Rodamos por um tempo até encontrar uma oficina que estivesse aberta e que pudesse dar um jeito na roda, que também tinha sido avariada. De lá, voltamos para Yosemite e fizemos a trilha que havia sido escolhida no dia anterior, que passava por sequóias gigantes. Vimos mais um monte de paisagens lindas e que renderam boas fotos e, felizmente, não tivemos mais grandes emoções no caminho de volta pra Berkeley.
O domingo seguinte foi o dia mais morto desde que eu saí do Brasil. Eu tinha um monte de coisas pra ler, mas mal conseguia manter os olhos abertos. Passei o dia todo pescando em cima dos livros e acordei na segunda-feira com um enorme peso na consciência por não ter aproveitado o dia livre para estudar. O alívio veio quando os outros 12 me disseram que estavam nas mesmas condições. Aí fiquei bem, pois a culpa virou compartilhada e, logo, se tornou bem pequena perto das lembranças de uma viagem de aniversário que será inesquecível para o nosso amigo coreano.
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Hy my dear girl.
ResponderExcluirAmei seu passeio; até escutei os ursos e ouvi o barulho das portas dos carros se fechando...Fiquei imaginando a confusão no hotel que os acudiu. É assim...aproveite mesmo cada momento mas....não pode se descuidar dos estudos (mãe, tia, vó numa só pessoa dá nisso). Estarei sempre curtindo sua viagem com você e quero esclarecer que escrevo como anônimo porque na minha santa ignorância das modernidades não sei como fazer para selecionar o perfil e daí por diante...tentei, tentei e daí não postava meu comentário...então, fique registrado que a anônima sou eu. Tá? beijos minha linda. Tia Di
Filha, URSOS ???? nóóóssa !!! de noite , numa estradinha ?? eu teria surtado antes mesmo da coleguinha de quarto decidir seguir seus hábitos
ResponderExcluirde asseio =( schellcht
Dona Amanda, qdo é que a senhorita vai me dar notícias, hein? Nunca mais mandou emails...
ResponderExcluirSaudades!
bjos,
Li