27 de maio de 2022 Por obra do destino, algo me direcionou hoje de volta ao meu blog, criado nos tempos em que morei nos EUA. Ao abri-lo, vi que meu último texto foi publicado há exatos dez anos. Me dei conta de quantas viagens e passeios legais fiz durante todo esse tempo e que deixei de relatar por aqui. Na verdade, a grande sacada de ter um blog ou um espaço para compartilhar os próprios textos é o prazer de poder ler tudo de novo anos depois. Na minha cabeça, passou um filme de quantas aventuras eu vivi nesse período, mas que não foram descritas aqui com a devida atenção no momento em que ainda estava tudo "fresco" na memória. Sinto que devo voltar. A dinâmica das redes sociais mais em voga nos faz compartilhar muitas fotos e poucos textos. Fotos são lindos registros de momentos que, em geral, são muito felizes e agradáveis.... já depois que tudo deu certo. Mas o divertido mesmo era ler aquilo que passou a ser chamado de "perrengue chique" nos tempos atuais. E
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À procura do California Dreaming
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Na última semana o sol brilhou sobre Berkeley. Ainda não alcançamos as temperaturas que eu imaginava que o verão da Califórnia teriam, mas foi o suficiente para eu colocar biquini e me arriscar no rooftop do meu prédio. No primeiro dia, a ânsia de pegar uma cor e o vento que soprava forte me levaram a acreditar que não era necessário protetor solar. Obviamente eu estava enganada e as marcas vermelhas se espalharam por meu corpo. No dia seguinte, eu mal conseguia deitar de bruços, mas tive que subir novamente para tentar tirar um pouco do meu aspecto de lagartixa - metade de cada cor. Não dei muita sorte, pois, sozinha, não percebi que uma folha fazia sombra bem no meio das minhas costas e ganhei uma bela tatuagem de sol! Este mesmo sol que foi ingrato comigo motivou alguns amigos a combinarem de passar um dia em Santa Cruz no final de semana. A cidade, conhecida por seu turismo para surfistas, fica próxima daqui e me ofereceria a oportunidade de tomar sol em um cenário mais gostos
NY, NY!
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Desde que estive em New York, no carnaval de 2010, eu tenho a sensação de que esta trata-se de uma cidade que necessita tempo para ser conhecida e experimentada de verdade. Os quatro dias de frio que passei lá naquela oportunidade me deixaram a impressão de que eu tinha interrompido o passeio antes de chegar no seu auge e que eu precisaria voltar para aproveitar melhor tudo o que essa metrópole tinha a oferecer. Com isso em mente, sempre disse pra minha mãe que gostaria de passar uns dias com ela por lá, pois tinha certeza de que a atmosfera que me fascinou na primeira visita tinha tudo a ver com o que ela também curte ver e fazer em viagens. E meu pai (que é o máximo!) nos deu esse passeio de presente para estarmos juntas na semana do dia das mães. Me preparei bem e na mochila coloquei guias, listas de pontos turísticos imperdíveis, lugares ideais para se fazer compras, restaurantes que eu deveria fazer reserva para jantar, musicais a serem vistos, museus a serem visitados e um
Why so many Brazilians in U.S.
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Fiz esse texto como uma pesquisa que a UC pede aos estudantes que estao estagiando e me dei conta que o estilo ficou parecendo o dos meus posts (socorro, acho que so sei escrever desse jeito agora!). Entao, ja que o blog anda meio parado, resolvi publicar mesmo estando em ingles: When I decided to live abroad and improve my English, one of the concerns I had was to choose a place that would not be full of Brazilians. I went to a travel agency, asked about extension courses all over the world and did a great research on internet before picking the Global Business in UC Berkeley, where the agent assured I would meet very few Brazilians. The statement turned out to be a lie while I was still in the airport, where I ran into a guy and a girl, both from Sao Paulo, that were also traveling to take the IDP program. And the lie was confirmed in the first day of classes, when I realized that Brazilians were, at least, 30% of the enrolled students in Fall 2011 term. Fortunately, in my class
Patinando na América
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Ver um rapaz andando de patins na rua fez meu coração bater mais forte e meus olhinhos brilharem. Não pelo moço, de quem nem vi o rosto, mas pela grande ideia fixa que se formou na minha cabeça naquele momento: comprar um par de patins. Uma diversão garantida, barata e que ainda ajudaria a queimar calorias. Fora isso, moro perto da marina de Berkeley, lugar onde tenho ido correr de vez em quando e que agora eu poderia passar a frequentar para patinar nos dias de sol que estão cada vez mais constantes aqui na Califórnia. Tudo parecia perfeito e então fui atrás de materializar o sonho. Comecei bem... caminhando 4km até chegar à Target mais próxima de casa para comprar o tal brinquedo. O ruim não foi a ida, mas a volta, com a caixa "levinha" em uma mão e mais não sei quantos quilos de carne, frango e peixe e uma balança (para medir os resultados, óbvio!) nas outras sacolas e na mochila. Sim.... tinha ônibus e eu o peguei, porém precisei andar uns 20 minutos, cruzar uma passar
Amanda e o desafio de grampear papéis
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A UC Berkeley define o estágio de quatro meses após o curso de extensão como uma oportunidade para que os alunos coloquem as suas habilidades e conhecimento em prática e vivam a experiência de trabalhar em uma empresa americana e se aproximar dos negócios de forma mais direta. Acreditando nisso e nos belos nomes das empresas parceiras que a agente de viagens me falou, resolvi que valeria a pena esticar a jornada californiana com um estágio não remunerado (o famoso pagar pra trabalhar, só que de verdade). O sonho começou a se desconstruir com as primeiras entrevistas que fiz, pois fui notando que os gestores estavam buscando alguém só pra dar uma ajuda na rotina da empresa, sem nada de muito estratégico e enriquecedor na função, e que a maioria dos alunos só topava essa ideia para completar o período necessário como estudante nos EUA antes de se candidatar ao OPT e ficar aqui para trabalhar permanentemente depois. Fora isso, quando você olha com cuidado o nome das empresas parceiras
Cirque du Soleil - Michael Jackson the Immortal Tour
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Sou uma fã incondicional de Cirque du Soleil. No Brasil, a gente costuma ouvir que só aí que é caro para poder desfrutar do prazer de assistir a esses espetáculos com artistas que desafiam os limites do corpo, o que eu descobri que não é verdade. Também aqui nos Estados Unidos é preciso desembolsar altos valores para poder testemunhar as produções do grupo canadense, especialmente se você escolher entre as montagens mais badaladas, como "O" ou o mais novo "Michael Jackson - The Immortal World Tour". E foi justamente por isso que todas as pessoas que eu convidei para irem comigo a este último mudaram de ideia na hora de comprar o ingresso. Já eu, achei que a chance rara de ter a produção aqui em Oakland, ao alcance de uma viagem de Bart, valia os 70 dólares e decidi encarar a aventura sozinha mesmo. E, na falta de alguém para compartilhar as impressões, peguei um papel e uma caneta e resolvi escrever o que achei aqui no blog. Podem ficar tranquilos que, como